Almanaque dos Conflitos

Os Doze Apóstolos (The Squad)

Paramilitares dos Doze Apóstolos (O Esquadrão, An Dáréag, The Squad)

Paramilitares dos Doze Apóstolos (O Esquadrão, An Dáréag, The Squad)

Os Doze Apóstolos (também chamados como O Esquadrão, An Dáréag, The Squad), se tratou de uma unidade especial pertencente aos quadros paramilitares do Exército Republicano Irlandês (IRA, Irish Republican Army), quando liderados por Michael Collins, frente ao Reino Unido. Eram especializados em operações de infiltração, reconhecimento e assassinato.

Atuaram durante os anos da Guerra da Independência Irlandesa (janeiro de 1919 até julho de 1921, com a fundação do Estado Livre Irlandês, separado da Irlanda do Norte, ou Ulster, ocupada pelos britânicos), para combater principalmente os membros da inteligência britânica. Estavam sob a autoridade do diretor de inteligência do IRA.

Constantemente recebiam reforços da Unidade de Serviço Ativa (a unidade de inteligência do Exército Republicano Irlandês). Foram comandados por Mick McDonnell.

Integrantes dos Doze Apóstolos (The Squad), unidade especial do Exército Republicano Irlandês

Integrantes dos Doze Apóstolos (The Squad), unidade especial do Exército Republicano Irlandês

A ação de maior notoriedade dos Doze Apóstolos ocorreu no Domingo Sangrento (Domhnach na Fola), ocorrido no dia 21 de novembro de 1920, quando oficiais britânicos do MI5, que ligados a Gangue do Cairo foram atacados em diferentes pontos da cidade de Dublin, capital da Irlanda (Eire), com um resultado final de 14 mortos e seis feridos. Na oportunidade apenas um integrante do IRA foi capturado pelas forças britânicas. Frank Teeling.

Como resposta, Black and Tans retaliaram com disparos contra jogadores que disputavam uma partida de futebol gaélico, além da torcida nas arquibancadas que acompanhavam a disputa entre as equipes de Dublin e Tipperary, no Croke Park. O evento era realizado pelo Exército Republicano Irlandês, para levantar fundos para o Irish Republican Prisoners Fund. Entre os 14 mortos estavam o jogador Michael Hogan. Aproximadamente 68 pessoas ficaram feridas.

Membros da Gangue do Cairo

Membros da Gangue do Cairo

A chamada Gangue do Cairo, foi um grupo da inteligência britânica, com Sir Henry Wilson a frente da unidade secreta, que iniciou as atividades em território irlandês por volta do início de 1920. Entre as atribuições do grupo estavam eliminar Collins, bem como outros altos membros da organização católica de resistência.

A Gangue do Cairo, recebeu permissão para assassinar alvos do IRA de forma independente. Entre os alvos, familiares do Sinn Féin, o partido irlandês nacionalista. Mesmo aqueles que não participavam da luta armada.

A unidade especial Doze Apóstolos desaparece após a Queima da Alfândega (maio de 1921), quando a Brigada de Dublin sofre pesadas baixas contra o exército britânico. Os Doze Apóstolos e a Unidade de Serviços Ativos, são fundidos na Guarda de Dublin, comandados por Paddy Daly.

Mick McDonnell ao lado da filha, Sheila

Mick McDonnell ao lado da filha, Sheila

Parte da Guerra da Independência da Irlanda, a Queima da Alfândega, em Dublin, que havia sido ocupada pelos paramilitares do IRA (cerca de 100 deles participaram), que se tratava da sede do Conselho do Governo Local para a Irlanda, ligada a administração britânica na Irlanda. Logo as tropas do Reino Unido responderam e contra-atacaram os republicanos. Cinco membros do IRA morreram no embate, e 80 deles foram aprisionados.

Lutam ao lado do exército irlandês na Guerra Civil Irlandesa, travada entre os anos de 1922 e 1923. Posteriormente alguns foram anexados ao Departamento de Investigação Criminal.

 

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