Almanaque dos Conflitos

Veículos blindados paulistas na Revolução de 1932

O blindado dos revolucionários paulistas, FS-8

O blindado dos revolucionários paulistas, FS-8

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932 (9 de julho de 1932 a 2 de outubro de 1932), travada entre as forças do estado de São Paulo frente ao governo do Brasil, há época governado por Getúlio Vargas, os paulistas fizeram uso de diversos equipamentos e veículos de fabricação própria, devido ao cerco imposto pelos inimigos.

Armamento, trens blindados, e veículos de guerra estavam entre as inovações dos revolucionários constitucionalistas. Usavam chassis de automóveis e caminhões como Ford, Chevrolet, Mac Coorning Deering.

Presentes nas Frente Leste, ou do Vale do Paraíba, Frente Sul, ou Paranaense, Frente Mineira, Frente de Mato Grosso, Frente do Litoral (Serra do Mar e litoral norte de São Paulo), e Frente do Rio Grande do Sul.

Veículo de combate blindado dos revolucionários paulistas

Blindado dos revolucionários paulistas

Os carros de combate eram projetados e construídos pelos técnicos das Fundições e Oficinas Gerais Viúva Craig & Cia Ltda, e J.Martin & Cia Ltda, localizadas na capital, São Paulo. A frente dos engenheiros estava Francisco de Sales Vicente de Azevedo, acompanhado de profissionais da Escola Politécnica. Oito veículos de assalto foram fabricados, designados de FS-1 até FS-8. Uma homenagem engenheiro Francisco Sales de Azevedo, criador do projeto bélico.

Possuíam torres giratórias para o uso de metralhadora ou fuzil. Comumente usada a Hotchkiss de 7mm. Os paulistas careciam de materiais como o aço, devido a esse problema foram obrigados a recorrer a outros métodos para blindagem. Duas chapas mais finas com 11 ou 12 mm de espessura recebiam entre elas lã de carneiro. Caso o projétil lograsse ultrapassar a primeira proteção, a lã o iria amortecer, com chances menores de atravessar a segunda proteção.

Blindado Lança Chamas

Blindado Lança Chamas

Foram enviados para todas as frentes de guerra que os paulistas estiveram presentes, como nas divisas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, e Paraná. Cada veículo transportava quatro homens. O maior deles, o FS-8, comportava oito soldados. Também usado em missões de reconhecimento, apoio para infantaria, ou para cobertura em retiradas.

Os carros de combate foram utilizados das mais variadas maneiras no decorrer do conflito. Uma arma que muito auxiliou nos revolucionários paulistas contra as mais numerosas e bem armadas tropas getulistas. Nos últimos momentos da guerra auxiliou os blindados durante retiradas.

Ao final do conflito foram desmontados.

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